Crítica | Oz: Mágico e Poderoso

Visual brilhante e enredo interessante acompanham essa releitura mágica
Visual brilhante e enredo interessante acompanham essa releitura mágica


Título: Oz - Mágico e Poderoso
Lançamento: 8 de março de 2013
Gênero: Aventura, ação, fantasia.
Elenco: James Franco, Zach Braff, Mila Kunis, Rachel Weisz, Michelle Williams e Tony Cox. 
Direção: Sam Raimi.
Nota: 4/5

Dirigido pelo conhecido Sam Raimi (trilogia Homem-Aranha), o longa nos traz um visual incrível, cenas em 3D brilhantes e enredo interessante. As comparações para com o filme Alice no País das Maravilhas são inevitáveis. A trama é quase a mesma, afinal Oz (James Franco) chega à uma terra desconhecida, onde o povo acredita em uma profecia onde ele libertaria todos das garras de uma força má. Mas, vamos nos focar mais neste longa.

Oz: Mágico e Poderoso imagina as origens do adorado personagem mágico de L. Frank Baum. Quando Oscar Diggs (James Franco), um inexpressivo mágico de circo de ética duvidosa foge do poeirento Kansas e acaba na vibrante Terra de Oz, ele acha que tirou a sorte grande — fama e fortuna o aguardam — isso até encontrar três bruxas: Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams), que não estão convencidas de que ele é o grande mágico que todos esperam. Relutantemente envolvido nos problemas épicos que a Terra de Oz e seus habitantes enfrentam, Oscar precisa descobrir quem é bom e quem é mau antes que seja tarde demais. Lançando mão de suas artes mágicas através de ilusão, engenhosidade e até de um pouco de magia, Oscar se transforma não apenas no grande mágico, mas em um homem melhor também.

O filme já começa bem. Assim como o clássico filme O Mágico de Oz, os primeiros minutos se passam em preto-e-branco. Em um plano de tela fechado (como se fosse "letterbox"), nestas cenas já pode-se ver a qualidade da produção, no quesito visual. Alguns detalhes que "flutuam" pela vídeo (cinzas, por exemplo), escapam desse plano e passam para os lados pretos, onde se tem uma ótima profundidade no 3D.

É quando Oscar Diggs vai parar na desconhecida Terra de Oz, que a tela começa a se abrir e tudo ganha cor e proporção, num visual belíssimo e planos bem abertos. O desenhista de produção, Robert Stromberg, mais uma vez não decepciona, desenhando cerca de 24 cenários completos e vários outros parciais. Ele recriou cenários marcantes, como a famosa Estrada de Tijolos Amarelos e a Cidade das Esmeraldas com maestria. Todos estes lugares tem uma qualidade visual deslumbrante, que ficam ainda melhores em 3D.

Apesar de Sam Raimi não ter gostado muito de trabalhar na tecnologia 3D - ele costuma fazer movimentos rápidos e repentinos com as câmeras, o que fica difícil com as especiais utilizadas para se filmar em 3D - a tecnologia trabalhou muito bem no filme, tanto na profundidade, quanto nos momentos em que objetos são "jogados" ao público. Posso até afirmar que neste houve uma das melhores utilizações da tecnologia tridimensional: sem exageros, mas com muita esperteza na hora de proporcionar momentos interessates de imersão.

A trama segue um ritmo bom e prende do início ao fim. Apesar de não surpreender em muitos momentos e conter alguns pequenos furos do roteiro, traz interessantes pontos de vista de tudo o que acontece - repare bem nas características dos personagens de Kansas e de Oz, depois tente ligá-los. 

O elenco está excelente. James Franco, que interpreta Oscar, mostra todos os tons do personagem, desde o humor (presente em quase todo o longa), até nos momentos mais sérios e comoventes. Outro destaque vai para a atriz Rachel Weisz, que interpreta uma vilã mais do que maléfica. Ela transmite com maestria a maldade, como também os tons de sofrimento da personagem.

O figurino e maquiagem, assinados por Gary Jones e Howard Berger (série As Crônicas de Nárnia) respectivamente, são extremamente bem realizados. Cada figurante é apresentado de maneira singular e com muita riqueza de detalhes. A bruxa malvada também recebe um trato especial, ao aparecer com pele verde, nariz grande, queixo pontudo e vestimentas negras, trazendo um tom bastante "clássico" da perosnagem.

Com visual brilhante, cenários incríveis, 3D bem realizado e história interessante, Oz: Mágico e Poderoso precisa ser visto por todos.

O filme estreia nos cinemas de todo o mundo no dia 8 de março. Se tem uma sala IMAX 3D em sua cidade, não deixe de conferir na tecnologia. É incrível.

- Por Conrado Dittrich

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